Análise Caeni, n. 7, Setembro 2020

543

Depois de seis meses enfrentando a pandemia do COVID-19, grandes dificuldades ainda estão no horizonte de cientistas e formuladores de políticas públicas de todo o mundo.
Percebeu-se que devemos não apenas entender melhor as múltiplas dimensões e perspectivas da pandemia, mas também expandir a rede de colaboradores engajados no debate de questões científicas, buscando soluções para problemas urgentes de saúde e desenvolvendo novos métodos de comunicação científica. A disseminação de informações tornou-se um componente vital tanto para a troca de conhecimentos quanto para a implementação de políticas públicas.
Na última semana de julho de 2020, o Instituto de Relações Internacionais, em parceria com o Instituto de Estudos Avançados, realizou a segunda edição da Escola Avançada de Diplomacia da Ciência e da Inovação (InnSciD SP) para explorar melhor essas questões. Previamente à semana de palestras e atividades práticas da Escola, foram organizadas as palestras públicas abertas ao público em geral, as Public Lectures.
O evento foi totalmente adaptado à realidade atual e aconteceu online. Esse formato permitiu que pesquisadores de todo o mundo acompanhassem as mesas redondas, que duraram quatro dias e recebeu vários convidados especiais.
O debate de abertura, no dia 28 de julho, abordou a importância da Diplomacia Científica, com a participação de Pierre-Bruno Ruffini, da Universidade de Le Havre e Funmi Olonisakin, do King’s College London.
No dia 29, nosso tema de debate foram as “Iniciativas Subnacionais de Diplomacia Científica”, com representantes da SciTech DiploHub de Barcelona, da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia e Inovação da Cidade do México, e da Invest SP do estado de São Paulo.
No dia 30, no painel “A Diplomacia da Ciência no mundo: atores, propósitos e relações com o Brasil”, o grupo responsável pela edição do livro sobre o mesmo tema participou do evento trazendo uma perspectiva comparativa.
E no dia 31 de julho, a mesa redonda final discutiu os desafios em relação à Diplomacia de Inovação no setor de Fintech.
Os debates que antecederam a Escola da InnSciD 2020 foram extremamente produtivos e contaram com pesquisadores de todos os continentes, com uma média de 200 participantes por dia. Além do apoio do Centro de Estudos em Negociação Internacional da USP (CAENI), os eventos também receberam apoio do British Council, UNESCO Brasil, Aberje, FMU e alunos de graduação do CAENI-USP.
Esta edição do Boletim traz resenhas dos debates de cada mesa redonda. Cada artigo foi escrito por pesquisadores que participaram dos eventos e enriqueceram o debate com suas análises e contribuições ao longo da semana.

Acesse o conteúdo na íntegra: Análise Caeni, n.7, Setembro – download