Boletim USP – OEA, ed. 2, Agosto 2020

A segunda edição do Boletim Observatório
Eleitoral das Américas da USP traz análises
sobre o impacto da pandemia de COVID-19
nas eleições de Brasil e Bolívia. Além disso, há
texto sobre as próximas eleições
estadunidenses, sobre o panorama político e
social venezuelano e resenha de tese sobre
cooperação eleitoral, em que se ressalta o
importante papel da OEA.
No primeiro artigo, “2020 MUNICIPAL

ELECTIONS IN BRAZIL: THE IMPACT OF COVID-
19 ON THE POLITICAL “, Rodrigo Lyra analisa o

debate político sobre o adiamento das
eleições e os argumentos utilizados para
defender ou criticar o adiamento pelos
principais atores políticos do país. O autor
argumenta que considerações de ordem
política foram tão importantes quanto às de
saúde pública para a tomada de decisão.
Outro importante fator para o
acompanhamento das eleições municipais no
Brasil é que serão as primeiras eleições
financiadas com o polêmico fundo eleitoral de
2 bilhões.
No segundo artigo, “2020 GENERAL
ELECTIONS IN BOLIVIA: COVID-19 AND
POLITICAL UNCERTAINTY AFTER FRAUD
SUSPICION”, Matheus Gregório traça um
panorama politico da Bolívia, desde as

últimas eleições de outubro de 2019, quando
indícios de fraude foram encontrados na
contagem de votos, até o adiamento das
eleições, marcadas agora para 6 de setembro
de 2020. Números indicam que Luis Arce, com
31% das intenções de voto, é o favorito para o
pleito, com quase 14 pontos a frente de Carlos
Mesa nas intenções de voto. Percebe-se que a
presidência interina de Jeanine Añez, que
também é candidata, não se reverteu em
capital politico.
No terceiro capítulo, “2020 GENERAL
ELECTIONS IN THE USA: PRIMARIES AMONG
THE COVID-19 PANDEMIC AND VOTE-BY MAIL
ALTERNATIVE”, Isabella Eichhorn analisa as
próximas eleições estadunidenses, marcadas
para 3 de novembro de 2020. As eleições
escolherão o novo presidente do país, assim
como parlamentares, governadores e
prefeitos. A autora argumenta que a internet
desempenhará um papel ainda mais
importante nesse pleito.
No quarto capítulo, “A crise
venezuelana em números”, Juliana Oliveira
analisa estatísticas retiradas do relatório de
junho de 2019, publicado pela OEA, e oferece
ao leitor uma perspectiva política, social e
econômica do atual cenário venezuelano. No
último capítulo desta edição, a mesma autora
escreve uma resenha sobre a tese do
diplomata brasileiro Aurélio Romanini de
Abranches Viotti, para o Curso de Altos

Estudos do Instituto Rio Branco, que versa
sobre a cooperação eleitoral via OEA. O autor
defende que o Brasil pode contribuir com a
cooperação eleitoral, pois há experiência e
tecnologia acumuladas.

Janina Onuki
Coordenadora Científica

Rodrigo Lyra
Editor

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