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File Size | 446.68 KB | Number of Files | 1 |
Downloads | 1257 | Created On | Oct 25, 2017 07:49pm |
Resumo:
A perspectiva dos poderes emergentes em influenciar a ordem internacional depende,
em grande medida, da capacidade de ação coletiva. É necessário que esses países
sejam capazes de gerar coesão de posições no âmbito dos regimes e organizações
internacionais. Caso não consigam forjar coordenação, é improvável que consigam
ampliar o poder de barganha para além do que já detêm individualmente.
Este artigo tem por objetivo analisar o peso das coalizões regional e globais como
elemento indutor da coesão de comportamento em arenas multilaterais. O Brasil é
tomado como país de referência. Analisa-se a evolução do o grau de convergência do
posicionamento do Brasil na Assembleia Geral da ONU (AGNU) com três grupos de
países: MERCOSUL, BRICS e potências nucleares.
A análise cobre o período de 1946 e 2008. Procura-se entender o peso específico das
coalizões como elemento indutor de maior convergência de posicionamento na
AGNU. A mensuração da afinidade entre Brasil e potências nucleares serve como
grupo controle, tendo em visto o fato de que tanto o MERCOSUL quanto o BRICS
são coalizões motivadas em contrabalancear o peso hegemônico norte-americano na
ordem internacional. O MERCOSUL no plano hemisférico e o BRICS no plano
global.
Amâncio Jorge de Oliveira e Janina Onuki