Nova diretoria assume o Museu do Ipiranga

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Nova diretoria assume com missão de inaugurar o Museu do Ipiranga em 2022

Publicado em 08/07/2020

Gestão dos professores Rosaria Ono e Amâncio Jorge de Oliveira também quer modernizar instalações do Museu Republicano

A professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), Rosaria Ono, e o professor do Instituto de Relações Internacionais (IRI), Amâncio Jorge de Oliveira, assumem as funções de diretora e vice-diretor do Museu Paulista, pelos próximos quatro anos, com dois grandes desafios: concluir a reforma do edifício-monumento do Museu do Ipiranga e preparar as festividades do centenário do Museu Republicano Convenção de Itu.

“O período de nossa gestão será marcante para os dois museus que compõem o Museu Paulista. Uma das metas mais importantes, sem dúvida, está relacionada com a expectativa da sociedade em relação ao Museu do Ipiranga. Este museu era, até o seu fechamento em 2013, um dos mais visitados da cidade de São Paulo e esta gestão terá a responsabilidade, compartilhada evidentemente com muitas instâncias envolvidas, de levar a termo o longo ciclo de reformas”, avalia a nova diretora.

A nova diretora do Museu Paulista, Rosaria Ono – Foto: Divulgação

A inauguração está prevista para setembro de 2022, ano em que se comemorará o bicentenário da Independência do Brasil. As obras de restauro, ampliação e modernização do museu são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura pelas empresas: Banco Safra, Bradesco, Caterpillar, Comgás, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), EDP, EMS, Honda, Itaú, Vale, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Grupo Ultra Ipiranga e Pinheiro Neto Advogados. Conta, ainda, com a parceria da Fundação Banco do Brasil e da Caixa.

“Temos de garantir a finalização das obras de ampliação, modernização e restauro; a montagem das exposições no seu interior e a implementação de uma forma inovadora de operação e administração para a sua reabertura em 2022”, considera Rosaria.

Comemoração do centenário

Em relação ao Museu Republicano, Rosaria explica que, em 18 de abril de 2023, será comemorado o centenário da instituição, bem como os 150 anos da realização da Convenção de Itu, que dá nome ao museu.

O Museu Republicano é um braço das atividades de pesquisa, cultura e extensão do Museu Paulista no interior de São Paulo, além de ser uma atração turístico-cultural importante para a cidade de Itu. O museu possui importante acervo documental histórico do período republicano, além de objetos da memória da cidade, que oferece subsídios para uma rica programação cultural aos seus visitantes.

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“Como etapa de preparação para essas festividades, o objetivo de nossa gestão é a modernização das instalações do museu para as exposições e outros eventos, além da adequação do edifício às condições de acessibilidade e de segurança contra incêndios e promoção da melhoria das condições de guarda do acervo de objetos”, explica a diretora.

“Cada um dos museus que integram o Museu Paulista apresenta características físicas bem distintas e tem seus desafios próprios. Pretendemos trabalhar na melhor integração das equipes para unir esforços e trocar experiências, pois o mesmo processo pelo qual tem passado o Museu do Ipiranga, guardadas as proporções, deverá ocorrer no Museu Republicano. Essa integração deverá ocorrer tanto no âmbito das atividades-meio quanto das atividades-fim”, conclui Rosaria.

Em mensagem direcionada aos novos diretores, o reitor da USP, Vahan Agopyan, ressaltou que “a nova diretoria está assumindo o Museu Paulista em um momento muito especial desta instituição: o edifício-monumento do Museu do Ipiranga sendo restaurado completamente, a sua área expositiva triplicando e as festividades do bicentenário da Independência do Brasil se aproximando. Sem dúvida é um período de grandes desafios e de grandes realizações. Parabenizo e agradeço aos professores Rosaria Ono e Amâncio Jorge de Oliveira por terem aceitado essa incumbência e tenho certeza que, juntos, vamos entregar ao povo brasileiro, em pouco tempo, um novo museu que vai orgulhar a todos”.

Quem são

Rosaria Ono atuou como vice-diretora do Museu Paulista na gestão 2016-2020. É arquiteta e urbanista pela FAU, mestre em Engenharia pela Universidade de Nagoya, no Japão, doutora pela FAU e fez pós-doutorado pela Universidade de Kyoto, no Japão. Atuou como pesquisadora no Laboratório de Ensaios ao Fogo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de 1991 a 2003.

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Ingressou como docente na FAU em 2003, onde passou a livre-docente (2010) e a titular (2015). Atuou na chefia do Departamento de Tecnologia da Arquitetura da FAU, por dois mandatos (2011-2013 e 2013-2015), e como suplente de chefia, em um mandato (2017-2019). Foi membro do Conselho da Superintendência de Espaço Físico da USP (2018-2020).

Além de ministrar disciplinas de graduação e pós-graduação da FAU, Rosaria é docente do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia da USP. Como pesquisadora, atua na área de avaliação de desempenho do ambiente construído, com foco nos campos de segurança contra incêndios, acessibilidade física e avaliação pós-ocupação.

O novo vice-diretor do Museu Paulista, Amâncio Jorge de Oliveira – Foto: Banco de Imagens/Assessoria de Imprensa da USP

Amâncio Jorge de Oliveira foi vice-diretor do Instituto de Relações Internacionais (IRI) na gestão 2014-2018. Atuou em várias etapas e processos da institucionalização da unidade, com dedicação intensa no Programa de Pós-Graduação, contribuindo tanto para a criação quanto para a consolidação deste. Também foi presidente da Comissão de Pesquisa.

Atuou, no plano da administração central, como representante dos professores titulares junto ao Conselho Universitário por duas ocasiões (2016 a 2018). Foi membro, por dois mandatos, da Comissão de Ética da USP e assessor, em um mandato, da área de humanidades junto à Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani).

Foi pesquisador visitante no Centro Woodrow Wilson e na Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. É professor do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

Fonte: Jornal da USP